(Apagado o primeiro "Nuvens de Orvalho", e depois de grande interregno, surge esta segunda via, com o principal objectivo de não perder ou deixar ao abandono alguns dos trabalhos do anterior.)

10/04/2025

Palavras

Querem verter-se as palavras
No vórtice do silêncio
Como quem se despe nos versos
Que encerram um poema
Mas o silêncio confrangido e nu
Vestido só do frio que o atinge
Por mais que sinta perto
As palavras que voam no vento
Não as pode comportar
E num gesto gelado e doente
Repele-as cobardemente
Ficando a vê-las pairar

Publicado originalmente em 16/12/2009 no primeiro Nuvens de Orvalho

10 comentários:

  1. Bello poema. Te mando un beso.

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  2. Em grande Fá
    que às vezes acontece a qualquer um ´,~`))))))))
    Bom e belo dia em harmonia, beijinhos.

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  3. Boa noite, amiga Fá,
    As palavras, são a essência do nosso sentir e das nossas emoções.

    Belo poema! Gostei muito, estimada amiga.

    Deixo os votos de uma boa semana, com tudo de bom.

    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  4. Se o silêncio é às vezes companhia , outras nós parece tão frio, distante . E palavras , as vezes são mesmo nuvens …
    Brilhante, Fá
    Um beijinho

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  5. Há momentos que o silêncio é melhor que as palavras.
    Belo poema! Beijos nas bochechas! :-)

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  6. Nem sempre as palavras atendem ao chamado urgente do poeta.
    Boa semana.

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  7. Valiente es quien usa adecuadamente la palabra para decir lo que siente y piensa y sobretodo refleja lo que guarda el corazón.
    Abrazos.

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  8. O silêncio por vezes é a nossa melhor companhia!
    Belo poema!
    Beijinho minha querida Fá!
    🌺🌺🌺Megy Maia

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  9. Gostei muito deste excelente poema, que aborda o conflito entre o desejo de expressar-se e a incapacidade de fazê-lo, explorando o silêncio não como uma pausa, mas como um peso doloroso e difícil de superar.
    Boa semana querida amiga Fá.
    Beijinhos.

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  10. Nem sempre conseguimos por em plavras o que está aprisionado na alma. Belo!
    Sigamos em poesia que em algum momento expurga o que não queremos reter. Bjssss

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«abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos»
(Mia Couto)

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