Calem-se as palavras
Ocas, vazias,
Desprovidas da razão.
Dúbias, enganosas,
Que picam no coração.
Audazes, mentirosas,
Que nos atiram ao chão.
De mel, mas venenosas...
Calem-se as palavras!
Quero fazer silêncio...
(Publicado originalmente em 25/04/2008 no primeiro Nuvens de Orvalho)
(Apagado o primeiro "Nuvens de Orvalho", e depois de grande interregno, surge esta segunda via, com o principal objectivo de não perder ou deixar ao abandono alguns dos trabalhos do anterior.)
12/09/2023
14/07/2023
Fuga(z)
Perpasso
Vidas sofridas
Artes escondidas
Caminhos
Atalhos
Retalhos de partidas
Longe
Que se faz perto
Perto
Tão perto que se distancia
Olhares em que se não via
Nem sol
Nem lua
Nem nada que sorria
Alvores perdidos
E uma foz que se anuncia
Artes escondidas
Caminhos
Atalhos
Retalhos de partidas
Longe
Que se faz perto
Perto
Tão perto que se distancia
Olhares em que se não via
Nem sol
Nem lua
Nem nada que sorria
Alvores perdidos
E uma foz que se anuncia
26/06/2023
Arejo
Pensamentos profundos
Um arranhar de sub-mundos
Visões
Visões
Alucinações
Ilações
Um desabar de sensações
Que estremecem
E tecem
Teias
Marés cheias
Luas
E ruas
Ao som de batuques
Um ribombar
De tambores
Motores
A estalar
No ar
No mar
Eu e tu
Em mundos
Profundos
(Publicado originalmente em 03/04/2008 no primeiro Nuvens de Orvalho)
Ilações
Um desabar de sensações
Que estremecem
E tecem
Teias
Marés cheias
Luas
E ruas
Ao som de batuques
Um ribombar
De tambores
Motores
A estalar
No ar
No mar
Eu e tu
Em mundos
Profundos
21/06/2023
Apagar
Vou dominar um impulso
A alhear vou aprender
Cerro as janelas aos olhos
Corro as cortinas à mente
Coloco trancas à boca
Fecho à chave os ouvidos
Amarro os pés e as mãos
Quem sabe se sem conhecer
Sem caminhar e sem ver
Sem falar nem perceber
Sem ouvir o coração
Talvez faça muito mais
Do que acessar canais
E escute a voz da razão
(Publicado originalmente em 07/05/2008 no primeiro Nuvens de Orvalho)
Cerro as janelas aos olhos
Corro as cortinas à mente
Coloco trancas à boca
Fecho à chave os ouvidos
Amarro os pés e as mãos
Quem sabe se sem conhecer
Sem caminhar e sem ver
Sem falar nem perceber
Sem ouvir o coração
Talvez faça muito mais
Do que acessar canais
E escute a voz da razão
(Publicado originalmente em 07/05/2008 no primeiro Nuvens de Orvalho)
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