Tranquilo
Só soprado aqui e ali
Por brisas
Ligeiras
E ondeado ao de leve
Por alados motins
Dos seres que o habitam
Alimentam-no regatos
Sussurrantes
E beijam-no a luz
Das estrelas
E da lua cheia
Busca a cor nas flores das margens
E nas aves que o sobrevoam
Perfuma-se do nascer
E do pôr-do-sol
Enamora-se dos pingos da chuva
E do arco-íris nas nuvens
É espelho do Sol, que lhe dá a vida
Em dias de calmaria
Embora salpicado por neblinas
E temporais
É um lago
De águas mansas
A minha alma
(Publicado originalmente em 02/12/2010 no primeiro Nuvens de Orvalho)